quinta-feira, 31 de julho de 2014

Ser politeísta

Ser politeísta é muito mais do que usar um pingente, ou gostar de natureza. É uma questão de raízes. É um caminho que não lhe é imposto, e sim um caminho que você decide seguir. É um chamado direto dos deuses, que não necessita de mediadores: você simplesmente sente o chamado e o atende. Você passa a não se preocupar com coisas materiais, mas com seu legado. Você não se preocupa em ser famoso, ou rico, você se preocupa em ser lembrado por aqueles que ama por ter sido honrado. Isso lhe é o bastante.
Seu propósito de vida passa a ser honrar os deuses e ancestrais, logo, viver de maneira que é agradável a eles, e cultivar as virtudes que eles apreciam. Sua relação com as deidades é de amizade, que naturalmente, requer respeito. 
Ser politeísta não é uma simples questão de fé, de credo, mas sim uma mudança de estilo de vida...um verdadeiro renascimento. É como um artrópode em ecdise: você se desfaz do seu exoesqueleto e começa a formar um novo. Ser politeísta é não se achar superior à natureza, muito menos proprietário dela. É compreender que somos parte de um todo, e como tal devemos contribuir para o equilíbrio desse todo.
Não é simplesmente cultuar vários deuses, como pressupõe a etimologia da palavra, é buscar compreender esses deuses em sua plenitude. É verdadeiramente percorrer o Velho Caminho, percorrer a trilha que foi aberta pelos ancestrais, e manter esta trilha impecável, para que outros depois de você possam também percorrê-la.